Andijan é uma cidade do Uzbequistão, localizada na província de mesmo nome, a sudeste do vale Fergana, perto da fronteira com o Quirguistão. A região é conhecida por seus lugares sagrados, como Imam-Ota, Tuzlik Masar, Ok Gur, a fonte Shirmanbulak, dentre outros.
Andijan é uma das cidades mais antigas da região, com mais ou menos 2 mil anos de história. Atualmente, a população da província é de cerca de 3 milhões de pessoas, enquanto a cidade de Andijan tem em torno de 400 mil habitantes. Ali vivem pessoas de muitos grupos étnicos, sendo os uzbeques o maior deles, seguido pelos tajiks. Em todo o país, são aproximadamente 28 milhões da etnia uzbeque e 1,6 milhões de tajiks, entre outras etnias muçulmanas.
De acordo com informações do Joshua Project, no Uzbequistão, o Islã conta com mais de 83% de adeptos (a grande maioria é de sunitas, sendo 1% de xiitas, concentrados em outras províncias do país). Apenas 2,3% da população professa o cristianismo, sendo 0,18% evangélicos. Entre os uzbeques, há apenas 0,01% de cristãos e, entre os tajiks, 0,07%. Pelas estimativas, serão necessários, aproximadamente, 580 obreiros para alcançarem esses dois grupos étnicos nesse país.
Como em todo mundo islâmico, tornar-se seguidor de Jesus tem seu preço. Cristãos convertidos do Islã enfrentam, especialmente nas áreas urbanas, grande perseguição — pressão da família, amigos e comunidade, que os consideram traidores. O risco de perseguição é maior para as mulheres, porque, numa sociedade em que delas se espera submissão, não lhes é permitido escolher a própria religião.
No Uzbequistão, atividades realizadas por grupos muçulmanos considerados extremistas são proibidas, e as atividades religiosas não controladas pelo governo são consideradas ilegais. Cristãos ou adeptos de outras religiões não cristãs que se filiam a igrejas, ou vão a outros locais de culto não registrados, são vistos como uma ameaça ao governo. Eles podem ter suas reuniões invadidas, ser levados presos ou mantidos em prisão domiciliar (por até 5 anos) ou, ainda, multados por participarem de atividades religiosas ilegais. Os líderes das igrejas são os principais alvos das autoridades, a fim de disseminar medo e ansiedade nas congregações. Qualquer tipo de proselitismo ou trabalho missionário é proibido e punido com prisão.