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Quando uma pessoa vai se confessar, é necessário contar os detalhes?  Acho humilhante contar tudo para o Padre.

Maria, a dificuldade de se confessar é natural, é normal. Todos nós nos sentimos envergonhados em falar de algo que fizemos e que desagradou a Deus. É claro, minha irmã, que nós não precisamos nos estender demais na confissão. 

É importante que sejamos objetivos. Se algum detalhe pode ajudar o confessor a nos orientar e se ele, para nos orientar melhor, pedir alguma informação a mais, tudo bem. Mas se estender em detalhes que foge ao essencial não é necessário.

Como deve ser a nossa confissão então?

Nossa confissão deve ser primeiramente humilde, reconhecendo que pecamos “contra Deus e contra o próximo”. O próprio gesto de procurar o sacerdote já é um ato de humildade.

Nossa confissão deve ser sincera. Pequei mesmo. Não correspondi ao amor de Deus. Não fiz o bem que sempre quis. Acabei fazendo o mal que não queria, por desleixo meu, por falta de amor.

Nossa confissão deve ser clara, muito clara, de tal modo que o confessor possa entender a dimensão do meu pecado e me ajudar a reconquistar a graça de Deus perdida.

Eu não preciso contar a história do meu pecado e nem justificar o meu pecado, muitas vezes culpando outros pelo meu desamor a Deus. Enfim, nossa confissão deve ser marcada pelo arrependimento e pelo profundo desejo de reparar o mal que eu fiz. 

Para terminar, eu gostaria de lembrar a você uma forma bonita que eu encontrei, faz tempo, de explicar o efeito da confissão. Imaginemos que  há um fio que nos une, cada um de nós, a Deus. Quando nós pecamos, este fio se rompe. Procuramos o sacramento da penitência. Deus une de novo as pontas deste fio. E a cada confissão isso acontece. Conclusão: o fio vai ficando mais curto de tanto nós que Deus vai dando nele. E nós, a cada confissão, vamos ficando mais pertinho de Deus e, portanto, mais longe do pecado.

Pense nisso, minha irmã. E fique com Deus.