BROADCASTS.com

VERA DEBONE –

Teve uma ocasião , que fui a Missa na Paroquia da minha cidade , para me fortalecer. Quando cheguei lá , me deparei com uma missa de Ação de Graças ao Vereador que a igreja ajudou a eleger.

Com direito a discurso do padre e festa no salão paroquial. Mais parecia uma Missa do século 18 , sei lá ... Me senti muito desconfortável . Padre Cido, como nós leigos podemos ajudar na evangelização diante dessas situações ?

Vera, minha irmã. Pensemos juntos. Vamos primeiramente colocar as coisas de forma correra. A missa não foi de ação de graças ao vereador, mas a Deus. A Igreja não celebra missa de agradecimento a pessoas, nem de homenagem a pessoas vivas ou mortas. Mas toda vitória conquistada é motivo para se agradecer a Deus. E neste sentido, nada impede de um vereador eleito agradecer a Deus o fato de ter sido eleito. Ele pode, sim, particularmente se é conhecida a sua fé e o seu compromisso cristão, se ele pertence à comunidade paroquial, ele pode agradecer a Deus junto com seus amigos e irmãos da comunidade.

Agora, veja bem. O que não pode de forma alguma ser feito é usar uma missa de preceito, uma missa em que todo o povo de Deus está lá representado para fazer essa ação de graças.

O padre tem que ter o bom senso para entender que nem todos que ali estão votaram no vereador que está ali agradecendo sua eleição. O que para uma parte da comunidade possa ser uma bênção, para outra pode não ser, pode ser até um desastre. E ao que tudo indica foi isso que aconteceu, não é mesmo?

Então, eu penso que a Igreja é muito sábia quando proíbe de se usar as celebrações litúrgicas e o espaço celebrativo para a propaganda política. A política partidária assumida por padres em suas paróquias e bispos em suas dioceses racha, divide a comunidade.

Quanto ao agradecimento a Deus pela vitória política seja no âmbito reservado, para que se evitem os escândalos. Fique com Deus, minha irmã.