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Sou Maria José do Jardim Nordeste e gostaria de saber o que a Igreja orienta fazer com as cinzas de um ente querido que foi submetido à  cremação.

Maria José, primeiramente me deixe lembrar a você que a Igreja levou tempo para admitir a cremação dos corpos. A primeira razão é que o corpo humano merece respeito. A Sagrada Escritura ao falar da criação do homem deixa entender que, diferentemente das outras criaturas, o próprio Deus fez, o homem à sua imagem e semelhança, moldou seu corpo do barro da terra e soprou nele a vida. Depois, vale entender também que Jesus, o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós. O corpo humano se tornou sagrado, por isso merece respeito.

Bem mais tarde, houve a proposta da cremação dos corpos que foi aceita e defendida pela maçonaria propondo inclusive, que se usassem as cinzas como adubo.

Eu já estive por várias vezes no crematório da Vila Alpina. Confesso que fiquei muito triste e fico ainda quando vejo cinzas humanas aos pés das árvores em volta do local. Não gosto quando me dizem que jogaram as cinzas de entes queridos no mar ou em outros locais.

A orientação da Igreja veio no pontificado do Papa Bento 16. Em um documento muito claro se orientou que as cinzas dos mortos sejam depositadas nos túmulos das famílias ou em lugares apropriados nos cemitérios.

Eu sei de uma Igreja no bairro do Sapopemba que construiu um local muito digno com nichos onde as famílias depositam em belos vasos de louça as cinzas de seus entes queridos. 

Ouçamos as orientações da Igreja. Não joguemos as cinzas dos mortos em qualquer lugar, em jardins, no mar. Tenhamos uma referência onde lembrarmo-nos dele e abraçá-los espiritualmente com nossas preces.