68. Dioniso

Published: Nov. 11, 2022, 9 a.m.

Fernando Santoro (UFRJ) narra como foi seu primeiro contato com a Filosofia Antiga e relembra seus professores, sua trajetória e sua formação. Em seguida, conta sobre o Laboratório Ousia, o grupo de pesquisa em Filosofia Clássica e como o início se deu a partir de Aristóteles, sendo ampliado para o incontornável Platão e os estudos pré-socráticos. Comenta sobre o projeto de extensão Teatro das Ideias Vivas, que busca outras tradições antigas culturais que também trazem experiências sapienciais importantes para a contemporaneidade. No segundo bloco, Fernando Santoro evoca e nos apresenta Dioniso, a partir dos epítetos. Estrangeiro. Uma divindade paradoxal que chega e invade um território e transforma a ordem. Traz a cultura da festa, do vinho, das transformações da vida. Aquele que nasce duas vezes: a divindade da vida que se renova. Manifesta ciclos, estações, passagens. Bromios. Aquele que abala e faz tremer as estruturas. Faz com que o tirano caia. Baco. Vinha e uva: potência inebriante do vinho. Trans por excelência. Movimento e transformação. Iaco. Dioniso está presente em todos os espetáculos teatrais. Por fim, Santoro relaciona Dioniso e as religiões de matrizes africanas e discorre sobre uma tragédia intitulada Penteu, que ele escreveu, publicada na Revista Codex. Uma "recepção canibal" de um fragmento de uma tragédia perdida de Ésquilo. Evoé. https://revistas.ufrj.br/index.php/CODEX/article/view/38916