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b'Rainha do lar\\n\\n\\n1\\xa0Doce Rainha do Lar, quem te relacionar\\xe1 os sacrif\\xedcios? Que concha sublime te guardar\\xe1 na Terra, as p\\xe9rolas do cora\\xe7\\xe3o, vertidas em forma de l\\xe1grimas, para definir-te o sal\\xe1rio no C\\xe9u?\\n2\\xa0Todos te devem carinho, raros te conhecem no esplendor de tua ren\\xfancia. Embora desconhecidas, por\\xe9m, as tuas m\\xe3os de luz alimentam a vida\\u2026\\n3\\xa0Teces a renda do ber\\xe7o e guardas a nossa exist\\xeancia no ninho acolhedor de teus bra\\xe7os, orvalhando-nos de ternura para que venhamos a crescer no entendimento. Isolada no pequenino reino dom\\xe9stico, sustentaste-nos os passos primeiros, ensinando-nos a pronunciar o nome de Deus.\\n4\\xa0Quando todos se fatigavam, \\xe0 frente de nossos caprichos, era teu cora\\xe7\\xe3o nosso invari\\xe1vel ref\\xfagio.\\n5\\xa0Desapegaste a ti mesma de todos os adornos, para que nos enfeit\\xe1ssemos de ilus\\xe3o, quanta vez esquecendo-te \\xe0 dist\\xe2ncia de nossos triunfos! Nem por isso te revoltaste, Anjo Amigo!\\n6\\xa0Bastava que a dor nos anuviasse os olhos para que as tuas m\\xe3os desfalecessem de amor, acariciando-nos a face tristonha e arrebatando-nos, de novo, \\xe0 m\\xfasica do sorriso.\\n7\\xa0Muitos se ergueram aos clarins da fama, relegando-te \\xe0 obscuridade e outros muitos atingiram as culmin\\xe2ncias do ouro e do poder, olvidando-te no infort\\xfanio\\u2026 Entretanto, m\\xe3ezinha, teus l\\xe1bios sorriam felizes, aben\\xe7oando-lhes a vit\\xf3ria!\\u2026\\n8\\xa0Vives na base de todos os monumentos do mundo, no entanto, qu\\xe3o poucos se lembram de ti, crucificada no sofrimento para que a alegria e o progresso assinalem o esfor\\xe7o das criaturas distra\\xeddas da Terra!\\n9\\xa0Enxuga, por\\xe9m, o teu pranto oculto e n\\xe3o permitas que a flagela\\xe7\\xe3o e a saudade, a m\\xe1goa e o desencanto te sufoquem a alma. Ainda mesmo apunhalada de ang\\xfastia, cr\\xea e espera, ama e ajuda sempre!\\xa010\\xa0Do teu trono de humildade e afli\\xe7\\xe3o, al\\xe7a teu pensamento ao Caminho Estrelado, porque na Gl\\xf3ria do C\\xe9u a tua dolorosa vig\\xedlia \\xe9 aben\\xe7oada pela Divina Soberana, cujo filho \\xe9 o nosso Excelso Rei coroado de espinhos.\\n\\nMeimei\\n\\nL.ivro Mae, Psicografoa de Chico Xavier. Cita\\xe7\\xe3o parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da\\xa0Lei de Direitos Autorais.'