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O uniforme, por definic\\u0327a\\u0303o, e\\u0301 aquilo que tem forma u\\u0301nica, o que na\\u0303o apresenta diferenc\\u0327a em apare\\u0302ncia, padra\\u0303o ou valor; e\\u0301 ide\\u0302ntico em maneira, grau e intensidade, e\\u0301 regular. Como vestua\\u0301rio, o uniforme sempre acompanha a ideia de poder. No cole\\u0301gio ele traz consigo a autoridade do diretor; na empresa, a do chefe; nos servic\\u0327os dome\\u0301sticos, o olhar da patroa. Sobre o uniforme tambe\\u0301m pesa a ambic\\u0327a\\u0303o poli\\u0301tica e a ideia de nac\\u0327a\\u0303o. No campo de futebol ou na guerra, na\\u0303o ha\\u0301 indivi\\u0301duos e sim soldados integrantes de uma massa uniforme que preza pela hegemonia de culturas e fronteiras. Nesse episo\\u0301dio 

Isabel Junqueira e Ol\\xedvia Merquior conversam n\\xe3o apenas sobre a hist\\xf3ria desse vestu\\xe1rio que serve ao poder, mas tamb\\xe9m questionam nossa rela\\xe7\\xe3o de fetiche com a ideia de controle e domina\\xe7\\xe3o. Em tempos de luta por liberdade precisamos entender a import\\xe2ncia da individualidade e o cuidado com discursos hegem\\xf4nicos. Uma sociedade livre se faz por indiv\\xedduos diferentes, insubstitu\\xedveis, nunca uniformes.