H\xe1 60 anos, o Brasil ganhava sua primeira (e, at\xe9 hoje, \xfanica) Palma de Ouro no Festival de Cannes. O filme O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, conquistou o pr\xeamio em competi\xe7\xe3o contra Bu\xf1uel, Varda, Antonioni, Bresson, e outros gigantes. \xc9 uma pena que o filme n\xe3o tenha sido t\xe3o valorizado quanto deveria. Rafael Arinelli, Daniel Cury,Camila Henriques (Biscoiteiras, S\xe1bado sem Legenda) e Fernando Machado (Plano-Sequ\xeancia, Artecines) discutem in\xfameros fatores sobre este cl\xe1ssico. No come\xe7o, infelizmente, \xe9 preciso discutir a \u201ctreta\u201d do diretor Anselmo Duarte com o ent\xe3o jovem Glauber Rocha. A ebuli\xe7\xe3o no cinema - e na pol\xedtica - nacional em 1962 logo d\xe3o espa\xe7o para conversas sobre a est\xe9tica cl\xe1ssica de O Pagador de Promessas, os temas mais tangenciados da hist\xf3ria, e as semelhan\xe7as entre Z\xe9 do Burro e Jesus. O assunto se envereda pelos significados de Santa B\xe1rbara, a vilaniza\xe7\xe3o do padre - e das outras institui\xe7\xf5es - e as refer\xeancias das fontes de Anselmo Duarte. As transi\xe7\xf5es do filme, a mise-en-sc\xe8ne dos personagens na escada e a figura do burro nunca mostrada s\xe3o temas importantes. Por fim, uma an\xe1lise do personagem Bonit\xe3o e a import\xe2ncia de valorizar Anselmo Duarte e O Pagador de Promessas. Clique no play e valorize o cinema brasileiro! Participe do nosso grupo no Telegram: https://t.me/cinemacao