#9 Do RAP ao rapper: cancel culture e liberdade de expressao

Published: Feb. 22, 2021, 6:30 a.m.

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Esta semana foi marcada por 4 pol\\xe9micas em torno de assuntos e de indiv\\xedduos bastante diversos, uns mais conhecidos do que outros, que acabaram por trazer a liberdade de express\\xe3o, por um lado, e a radicaliza\\xe7\\xe3o do espa\\xe7o p\\xfablico, por outro, para a ordem do dia. A saber: Ricardo Ara\\xfajo Pereira; o Presidente do Tribunal Constitucional (Jo\\xe3o Caupers); o activista Mamadou Ba; e o rapper catal\\xe3o Pablo H\\xe1sel.
Sendo n\\xf3s tr\\xeas bons rapazes que muito apreciam os valores da democracia liberal, decidimos que valia a pena discutir cada uma destas celeumas e, pelo caminho, tentar perceber os motivos pelos quais come\\xe7a a ser dif\\xedcil manter uma conversa civilizada com quem quer que seja sobre todo e qualquer assunto.
Come\\xe7ando pela primeira pol\\xe9mica da semana, consta que no \\xfaltimo epis\\xf3dio do \\u201cIsto \\xe9 gozar com quem trabalha\\u201d, o Ricardo Ara\\xfajo Pereira ousou tro\\xe7ar do plano de vacina\\xe7\\xe3o do governo e da Juventude Socialista. Consequentemente, foram prontamente criadas duas trincheiras digitais. De um lado estavam os que acham que o Ricardo \\xe9 um perigoso fascista (vendido ao grande capital), do outro os que consideram que o Ricardo \\xe9, e ser\\xe1 sempre, um perigoso comunista. A julgar pelas redes sociais, que s\\xe3o um local pouco recomend\\xe1vel, n\\xe3o h\\xe1 outra hip\\xf3tese. Ou se est\\xe1 do lado dos fascistas ou se est\\xe1 do lado dos comunistas. No entanto, se analisarmos os resultados eleitorais ou as audi\\xeancias do programa do Ricardo, ficamos com a sensa\\xe7\\xe3o de que h\\xe1 toda uma maioria silenciosa que n\\xe3o \\xe9 uma coisa nem outra.\\xa0

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