Trump banido das redes

Published: Jan. 12, 2021, 5:22 a.m.

b'Na esteira de um in\\xe9dito ato de insurrei\\xe7\\xe3o estimulado pelo presidente dos Estados Unidos, outro movimento sem precedentes: sua remo\\xe7\\xe3o do Facebook e do Twitter. Quase ao mesmo tempo, Apple, Google e Amazon retiraram de suas lojas virtuais o aplicativo que mantinha ativa a rede social Parler, usada por apoiadores do presidente para organizar a invas\\xe3o ao Congresso e pregar, entre outros crimes, o assassinato do vice Mike Pence. Tudo isso enquanto Washington se prepara, sob pesado esquema de seguran\\xe7a, para a posse de Joe Biden, no pr\\xf3ximo dia 20. O expurgo digital do homem mais poderoso do mundo, que apenas no Twitter comandava 88 milh\\xf5es de seguidores, suscita uma s\\xe9rie de quest\\xf5es, que Renata Lo Prete discute neste epis\\xf3dio em entrevista com Pedro Doria, colunista do jornal O Globo e editor do Canal Meio. As gigantes de tecnologia passaram dos limites agora, praticando censura, ou demoraram a agir, tolerando, enquanto lucravam muito, quatro anos de seguidas incita\\xe7\\xf5es \\xe0 viol\\xeancia e ilegalidades v\\xe1rias? \\u201cEstamos falando de um chefe de Estado, que ativamente usou como estrat\\xe9gia pol\\xedtica bem mais do que mentir, mas criar uma realidade paralela", diz o jornalista. Se a conversa online exige marco regulat\\xf3rio, a quem cabe a arbitragem? \\u201cSe a gente pensa nas redes sociais como a pra\\xe7a p\\xfablica, quem deve tomar a decis\\xe3o sobre as regras \\xe9 o povo, representado pelo Congresso\\u201d, afirma. Doria lembra ainda que a hist\\xf3ria n\\xe3o deve terminar no presidente americano, e v\\xea o Brasil nesse roteiro: \\u201cBolsonaro \\xe9 quem mais imita Trump, \\xe9 um caso-chave. Estamos no olho do furac\\xe3o\\u201d.'