Os militares e Bolsonaro: e agora?
b'Primeiro o presidente demitiu o ministro da Defesa, alegando falta de apoio a ideias de exce\\xe7\\xe3o como decretar estado de s\\xedtio. Em resposta, os comandantes do Ex\\xe9rcito, da Marinha e da Aeron\\xe1utica tomaram a in\\xe9dita iniciativa de entregar conjuntamente seus cargos. \\u201cFicou mais dif\\xedcil para Bolsonaro dar um golpe\\u201d, avalia o cientista pol\\xedtico Octavio Amorim Neto, professor da FGV no Rio de Janeiro. Isso diante da sinaliza\\xe7\\xe3o, dada pelos generais do Alto Comando do Ex\\xe9rcito, de que a maior das tr\\xeas For\\xe7as Armadas n\\xe3o pretende embarcar em aventura golpista. O que n\\xe3o significa que Bolsonaro n\\xe3o ir\\xe1 tentar. Ou que inexistam ambiguidades na rela\\xe7\\xe3o dos militares com um governo que vem lhes garantindo uma s\\xe9rie de benef\\xedcios, explica Amorim. De todo modo, ele v\\xea mais risco de ades\\xe3o de policiais que de militares a uma eventual escalada autorit\\xe1ria. \\u201cMovimentos populistas de extrema-direita testam todas as institui\\xe7\\xf5es\\u201d, diz.'