O auxilio emergencial vai voltar?

Published: Jan. 28, 2021, 5:17 a.m.

b'Pandemia agravada, vacina\\xe7\\xe3o ainda incipiente. Amarrada ao destino da crise sanit\\xe1ria, a economia custa a se recuperar, e no momento tem quase nada a oferecer a milh\\xf5es de brasileiros que, desde a virada do ano, est\\xe3o privados da t\\xe1bua de salva\\xe7\\xe3o de 2020: o aux\\xedlio emergencial. \\xc9 nesse contexto que se desenrola um cabo-de-guerra em Bras\\xedlia. De um lado, a equipe econ\\xf4mica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, resiste \\xe0 recria\\xe7\\xe3o de uma despesa gigantesca, num quadro fiscal explosivo. De outro, lideran\\xe7as do Congresso e do pr\\xf3prio Executivo defendem o resgate do programa, de olho no risco de turbul\\xeancia social e no efeito negativo do fim do benef\\xedcio sobre a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. "Dentro do governo, muitos ministros acham que o aux\\xedlio n\\xe3o deveria ter acabado", conta Ribamar Oliveira, colunista do jornal Valor Econ\\xf4mico, um dos entrevistados neste epis\\xf3dio. Ele desfaz uma confus\\xe3o frequente ao explicar que "o aux\\xedlio n\\xe3o \\xe9 um problema de teto de gastos, mas sim de d\\xedvida p\\xfablica". Participa tamb\\xe9m Cec\\xedlia Machado, professora da Escola Brasileira de Economia e Finan\\xe7as da FGV. Cec\\xedlia reconhece que, num cen\\xe1rio econ\\xf4mico de grande incerteza, cujo elemento principal s\\xe3o as d\\xfavidas quanto ao avan\\xe7o da vacina\\xe7\\xe3o, a volta do aux\\xedlio cumpriria um papel essencial: \\u201c\\xc9 o respons\\xe1vel pela seguran\\xe7a alimentar de muitas fam\\xedlias\\u201d. Mas ela considera que ele s\\xf3 poderia voltar com alcance e valor mais modestos, e acompanhado de corte de outras despesas, para afastar o perigo de insolv\\xeancia das contas p\\xfablicas.'