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b'Desde o in\\xedcio do mandato, o presidente da Rep\\xfablica \\xe9 claro sobre seu projeto de subordina\\xe7\\xe3o. Na fat\\xeddica reuni\\xe3o ministerial de 22 de abril de 2020, prometeu trocar o diretor-geral e o ministro da Justi\\xe7a, se necess\\xe1rio - e assim o fez. \\u201cN\\xe3o estamos aqui para brincadeira\\u201d, sentenciou no evento. Desde ent\\xe3o, acelerou-se o \\u201cprocesso de tomada da PF pelo bolsonarismo\\u201d, como define Allan de Abreu, rep\\xf3rter da revista Piau\\xed. Em conversa com Renata Lo Prete, ele descreve as conex\\xf5es pol\\xedticas que levaram ao cargo o atual \\u201cDG\\u201d, Paulo Gustavo Maiurino, conhecido por subordinados como \\u201cdelegado de cativeiro\\u201d, devido \\xe0 pouca experi\\xeancia em investiga\\xe7\\xf5es. O jornalista observa que, ao decretar o fim do \\u201csegredismo\\u201d na corpora\\xe7\\xe3o, durante evento interno em maio, Maiurino estava na verdade escancarando a diretriz de tornar a PF uma \\u201cpol\\xedcia pol\\xedtica\\u201d nas m\\xe3os do presidente. O jornalista recorda outras trocas nas quais \\u201cgente de confian\\xe7a\\u201d do Executivo assumiu posi\\xe7\\xf5es de diretoria ou superintend\\xeancia portando \\u201ccurr\\xedculos n\\xe3o t\\xe3o auspiciosos\\u201d e cita especialmente a persegui\\xe7\\xe3o ao delegado Felipe Leal - que, depois de investigar afastamentos suspeitos de colegas, acabou ele mesmo sendo retirado do inqu\\xe9rito que apura a interfer\\xeancia de Bolsonaro na PF. Renata e Allan tra\\xe7am o hist\\xf3rico de conquista de autonomia e protagonismo da corpora\\xe7\\xe3o a partir dos anos 2000. \\u201cAgora \\xe9 o oposto\\u201d, compara Allan. \\u201cUma delegada me disse: aquilo que a institui\\xe7\\xe3o demorou anos para construir foi destru\\xeddo em meses\\u201d.'