Na pior hora, doacoes despencam

Published: March 29, 2021, 3:16 a.m.

b'Quando o v\\xedrus chegou ao Brasil e tudo fechou de repente, a resposta solid\\xe1ria de pessoas f\\xedsicas e jur\\xeddicas foi gigante: nos primeiros tr\\xeas meses, somou mais de R$ 6 bilh\\xf5es. Mas o tempo passou. As curvas de casos e de mortes deram algum al\\xedvio, o aux\\xedlio emergencial garantiu o b\\xe1sico a dezenas de milh\\xf5es de pessoas, e a arrecada\\xe7\\xe3o de alimentos e outros produtos b\\xe1sicos entrou em queda livre. Hoje, com a pandemia em momento catastr\\xf3fico, a crise econ\\xf4mica aprofundada e o aux\\xedlio (mais magro) ainda sem dia para voltar, entidades e organiza\\xe7\\xf5es de apoio aos mais carentes lan\\xe7am um grito de alerta. \\u201cEstou vendo muita gente na pol\\xedtica pensando em 2022. S\\xf3 que antes temos que atravessar 2021\\u201d, diz Preto Zez\\xe9, presidente da Central \\xdanica das Favelas, a Cufa. Em entrevista a Renata Lo Prete, ele d\\xe1 a real sobre o avan\\xe7ado est\\xe1gio de inseguran\\xe7a alimentar nas comunidades. \\u201cEstamos vendo nas redes sociais gente vendendo pertences para ter o que comer\\u201d, conta. E cita dados de levantamento recente: quase 80% dos moradores de favela afirmam que faltou dinheiro para comprar comida nos \\xfaltimos 15 dias. Participa tamb\\xe9m do epis\\xf3dio Ana Paula Campos, rep\\xf3rter da Globo em S\\xe3o Paulo. Ela relata hist\\xf3rias de necessidade extrema em favelas da maior cidade do pa\\xeds. \\u201cS\\xf3 n\\xe3o falta tudo porque o vizinho divide o pouco que tem\\u201d, conta. Preto Zez\\xe9 conclui: \\u201cSe as pessoas t\\xeam que ver seus filhos chorando de fome, \\xe9 a declara\\xe7\\xe3o do caos total. E a\\xed \\xe9 a nossa fal\\xeancia como sociedade e como na\\xe7\\xe3o\\u201d.'