Militares e urnas: que confusao e essa?

Published: Feb. 23, 2022, 2:58 a.m.

b'Em nova ofensiva contra o sistema de vota\\xe7\\xe3o que o levou \\xe0 Presid\\xeancia da Rep\\xfablica, Jair Bolsonaro distorceu informa\\xe7\\xf5es ouvidas de um general indicado pelo governo para uma comiss\\xe3o de transpar\\xeancia criada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Na esteira da tentativa de golpe no 7 de Setembro, o TSE fez, al\\xe9m desse, um outro movimento para se aproximar dos militares: convidou o ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva para assumir a dire\\xe7\\xe3o administrativa da corte, oferta da qual ele acabou declinando, por motivos ainda n\\xe3o completamente esclarecidos. Em conversa com Renata Lo Prete, o jornalista Bernardo Mello Franco analisa a sucess\\xe3o de eventos que contribuiu para dar \\xe0s For\\xe7as Armadas um protagonismo no processo eleitoral brasileiro incompat\\xedvel com o regime democr\\xe1tico. Colunista do jornal O Globo e comentarista da r\\xe1dio CBN, ele lembra que o papel delas nessa mat\\xe9ria \\xe9 essencialmente de apoio log\\xedstico, n\\xe3o lhes cabendo coordenar nem fiscalizar nada. At\\xe9 porque, completa Bernardo, \\u201cos militares n\\xe3o s\\xe3o observadores desinteressados\\u201d, menos ainda neste governo, que lhes garantiu cargos em abund\\xe2ncia e uma s\\xe9rie de demandas atendidas. Ele tamb\\xe9m avalia as condi\\xe7\\xf5es para se desativar, agora, uma armadilha para a qual a Justi\\xe7a Eleitoral involuntariamente contribuiu. Convencido de que, se perder, Bolsonaro tentar\\xe1 desrespeitar a vontade das urnas, Bernardo recorre \\xe0 compara\\xe7\\xe3o com Donald Trump: \\u201cL\\xe1 o golpe n\\xe3o deu certo, as For\\xe7as Armadas n\\xe3o deixaram. E aqui, como seria?\\u201d'