Malaria: por que a vacina e um evento historico

Published: Oct. 8, 2021, 4:30 a.m.

b'Uma das doen\\xe7as infecciosas mais antigas do mundo, que ainda atinge 200 milh\\xf5es de pessoas por ano. E que colhe a ampla maioria de suas v\\xedtimas num continente e numa faixa et\\xe1ria: das cerca de 400 mil mortes anuais, 94% acontecem na \\xc1frica, onde h\\xe1 "hospitais carregados de crian\\xe7as com quadros graves de mal\\xe1ria", relata Carolina Batista, integrante da organiza\\xe7\\xe3o M\\xe9dicos sem Fronteiras. Elas respondem por dois ter\\xe7os dos \\xf3bitos. Convidada de Renata Lo Prete neste epis\\xf3dio, Carolina conta o que viu participando de miss\\xf5es na regi\\xe3o entre 2007 e 2018. Ela descreve barreiras geogr\\xe1ficas, financeiras e culturais para cuidar dos pacientes e narra em detalhes a hist\\xf3ria de uma menina que conseguiu salvar por um triz. Participa tamb\\xe9m o infectologista Marcus Lacerda, doutor em medicina tropical e pesquisador da Fiocruz Amaz\\xf4nia. Ele lembra que \\u201ca imunologia praticamente come\\xe7ou com o estudo da mal\\xe1ria\\u201d. As d\\xe9cadas que se passaram at\\xe9 a recomenda\\xe7\\xe3o de uma vacina pela Organiza\\xe7\\xe3o Mundial da Sa\\xfade d\\xe3o testemunho da dificuldade em desenvolver um imunizante contra o parasita causador. Apesar da efic\\xe1cia relativamente baixa do produto aprovado, Marcus n\\xe3o tem d\\xfavida de que se trata de uma virada de jogo: de sa\\xedda, ser\\xe1 poss\\xedvel "evitar 30% de mortes\\u201d num universo de 260 mil crian\\xe7as africanas a cada ano. Marcus fala ainda do Brasil, que n\\xe3o se beneficiar\\xe1 neste momento, porque seus casos s\\xe3o majoritariamente de outro tipo, menos agressivo. O especialista conta o que o pa\\xeds fez para reduzir a transmiss\\xe3o e tratar os infectados, obtendo queda consistente no n\\xfamero de casos e de \\xf3bitos ao longo do tempo.'