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b'Indicado por Jair Bolsonaro (PL), Roberto Campos Neto \\xe9 o primeiro presidente do Banco Central a assumir a fun\\xe7\\xe3o sob a lei que garante autonomia operacional e um mandato de 4 anos, at\\xe9 dezembro de 2024. Desde o segundo semestre do ano passado, diante de um quadro de eros\\xe3o fiscal e infla\\xe7\\xe3o em dois d\\xedgitos, o BC elevou a Selic para 13,75%, taxa mantida na \\xfaltima reuni\\xe3o do Copom. A rea\\xe7\\xe3o foi imediata: Lula (PT) deu in\\xedcio a uma s\\xe9rie di\\xe1ria de cr\\xedticas a Campos Neto. Para desvendar os n\\xf3s da rela\\xe7\\xe3o entre a taxa b\\xe1sica de juros, a autonomia do BC e o estresse com o Executivo, Natuza Nery conversa com o economista Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central. Neste epis\\xf3dio:\\n\\n- Tony fala sobre a expectativa do mercado financeiro e da equipe econ\\xf4mica do governo para a curva de juros ap\\xf3s a divulga\\xe7\\xe3o da ata do Copom: \\u201cAprovadas as medidas econ\\xf4micas de Haddad, podemos ter queda de juros este ano\\u201d;\\n\\n- Interpreta a justificativa do Copom para a manuten\\xe7\\xe3o da Selic. Para Tony, Campos Neto refor\\xe7a que ir\\xe1 buscar o centro da meta de infla\\xe7\\xe3o, de 3,25% em 2023, mas sinaliza a Lula que cabe ao Executivo assumir uma nova meta;\\n\\n- Explica o peso da PEC da Transi\\xe7\\xe3o, do pacote de medidas de Fernando Haddad, da nova \\xe2ncora fiscal e da eventual aprova\\xe7\\xe3o de uma reforma tribut\\xe1ria na pol\\xedtica de juros: \\u201cEsse vai ser um ano de certo sacrif\\xedcio, mas 2024 pode ser um ano muito bom para a economia brasileira\\u201d;\\n\\n- Avalia o clima pol\\xedtico entre Lula e Campos Neto, flagrado em um grupo de mensagens com ministros bolsonaristas: \\u201cVamos ter uma crise no pa\\xeds por isso? Eles t\\xeam que ter uma rela\\xe7\\xe3o institucional\\u201d, conclui.'