Geopolitica da vacina: os emergentes

Published: Feb. 9, 2021, 4:31 a.m.

b'A popula\\xe7\\xe3o mundial j\\xe1 protegida contra a Covid-19 \\xe9 \\xednfima (0,5% do total) e concentrada em pa\\xedses ricos. Eles, que abrigam cerca de 16% dos habitantes do planeta, abocanharam 60% das doses at\\xe9 aqui dispon\\xedveis. Os demais \\u201cficaram com uma esp\\xe9cie de xepa\\u201d de vacinas como as das farmac\\xeauticas Pfizer, AstraZeneca e Moderna. A imagem \\xe9 da economista Monica de Bolle, professora na Universidade Johns Hopkins, com especializa\\xe7\\xe3o em imunologia e gen\\xe9tica pela Escola de Medicina de Harvard. Em conversa com Renata Lo Prete neste epis\\xf3dio, Monica explica que, no v\\xe1cuo deixado pelas compras desenfreadas dos ricos, tr\\xeas pa\\xedses entraram em cena com imunizantes pr\\xf3prios e vontade de ampliar seu papel: R\\xfassia, China e \\xcdndia. \\u201cS\\xe3o eles que est\\xe3o atuando para a coopera\\xe7\\xe3o global, claro que pensando tamb\\xe9m nos pr\\xf3prios interesses". Papel ainda mais estrat\\xe9gico, lembra a economista, quando se verifica que o cons\\xf3rcio coordenado pela OMS nem de longe dar\\xe1 conta de suprir as necessidades dos pa\\xedses menos bem posicionados na corrida da vacina\\xe7\\xe3o. Para o Brasil, que precisa - e muito - das vacinas de seus parceiros de BRICS, pode haver outra oportunidade: ainda d\\xe1 tempo de o pa\\xeds se posicionar neste mercado, usando sua experi\\xeancia de produ\\xe7\\xe3o e imuniza\\xe7\\xe3o em larga escala.'