EUA sob ataque de Trump, parte 2
b'O dia em que o presidente americano incitou uma turba a invadir o Congresso foi seguido por uma madrugada na qual deputados e senadores ratificaram a vit\\xf3ria de Joe Biden. Mas os eventos da quarta-feira em Washington continuam a reverberar. Desdobraram-se em baixas na Casa Branca, na suspens\\xe3o de Trump do Facebook por tempo indeterminado e, principalmente, num movimento de parte do establishment para remov\\xea-lo do cargo antes do pr\\xf3ximo dia 20, data da posse de Biden. Press\\xe3o suficiente para levar o presidente a divulgar, na noite desta quinta, um v\\xeddeo em que, pela primeira vez, fala em tom conformado sobre a iminente sa\\xedda do poder. Tudo isso tem consequ\\xeancias que v\\xe3o al\\xe9m do prazo de validade do atual governo - e muito al\\xe9m das fronteiras dos Estados Unidos. Para avali\\xe1-las, Renata Lo Prete recebe neste epis\\xf3dio o cientista pol\\xedtico Houssein Kalout, pesquisador da Universidade Harvard. \\u201cTrump rebaixou a estatura da democracia americana", diz ele. Embora enxergue pouca chance de impeachment ou outra sa\\xedda antecipada prosperar a esta altura, Kalout acredita que os atos de insurrei\\xe7\\xe3o e vandalismo n\\xe3o ficar\\xe3o impunes. \\u201cPessoas morreram. Algu\\xe9m ter\\xe1 que responder por isso". Para ele, o Partido Republicano est\\xe1 "diante de um teste de fogo: ou se reinventa, ou afunda com Trump". Kalout explica ainda o que significa para o mundo a percep\\xe7\\xe3o de fragilidade da democracia americana. O que inclui o Brasil: \\u201cO roteiro para 2022 est\\xe1 dado".'