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b'Nascido com o nome de Tenzin Gyatso, ele foi reconhecido ainda beb\\xea como a 14\\xaa encarna\\xe7\\xe3o de Buda \\u2013 se tornando l\\xedder espiritual e chefe de estado do Tibete. Durante d\\xe9cadas, foi o s\\xedmbolo da busca pela paz entre o governo central da China e os tibetanos, cujo territ\\xf3rio est\\xe1 sob o comando de Pequim. Sua hist\\xf3ria rendeu o pr\\xeamio Nobel da Paz em 1989 e homenagens em pelo menos dois filmes de Hollywood na d\\xe9cada de 1990. Nos \\xfaltimos anos, no entanto, sua imagem vem sendo arranhada por deslizes p\\xfablicos, o mais grave deles registrado em v\\xeddeo, no qual tenta encostar a l\\xedngua na boca de uma crian\\xe7a. Para descrever a trajet\\xf3ria do l\\xedder budista e o que ele representa na geopol\\xedtica local, Julia Duailibi recebe Marcelo Lins, apresentador e comentarista da GloboNews, e Paulo Menechelli, pesquisador da diplomacia cultural da China e cofundador da rede Observa China. Neste epis\\xf3dio:\\n\\n- Marcelo descreve como Tenzin foi identificado ainda na inf\\xe2ncia como Dalai Lama, e quais s\\xe3o as fun\\xe7\\xf5es e responsabilidades do cargo. E justifica por que \\xe9 \\u201cdif\\xedcil desassociar os processos\\u201d de sua perda de prest\\xedgio internacional e do crescimento do poder econ\\xf4mico, pol\\xedtico e cultural da China;\\n\\n- Ele tamb\\xe9m comenta os dois \\u201cepis\\xf3dios conden\\xe1veis\\u201d protagonizados por Dalai Lama. O primeiro deles, em 2019, quando fez \\u201cuma brincadeira de mau gosto e machista\\u201d. O mais recente, \\u201cainda mais vergonhoso\\u201d e que tira dele \\u201cas condi\\xe7\\xf5es de liderar seus seguidores\\u201d; \\n\\n- Paulo explica a estrat\\xe9gia de Xi Jinping de \\u201ccontar bem as hist\\xf3rias da China\\u201d, e como isso se relaciona com o Tibete e o Dalai Lama, \\u201ctemas sobre os quais Pequim n\\xe3o gosta que se fale na agenda internacional\\u201d;\\n\\n- Ele relata como a cobertura da m\\xeddia chinesa sobre o epis\\xf3dio de Dalai Lama com a crian\\xe7a integra \\u201ca narrativa chinesa de que ele fomenta a independ\\xeancia do Tibete por interesses estrangeiros\\u201d - e como Pequim tentar\\xe1 se aproximar ao m\\xe1ximo do processo de sucess\\xe3o para o pr\\xf3ximo l\\xedder tibetano.'