Crimes de guerra: violacoes da Russia
b'Imagens de ataques a alvos civis e de \\xe1reas residenciais alvejadas na Ucr\\xe2nia correm o mundo. \\xc9 o caso do v\\xeddeo, feito por uma equipe do jornal The New York Times, do momento em que uma m\\xe3e e seus dois filhos s\\xe3o mortos por um explosivo quando tentavam fugir do cerco russo a Irpin, cidade pr\\xf3xima \\xe0 capital, Kiev. \\xc9 uma \\u201cguerra em tempo real\\u201d, afirma Flavia Piovesan, ex-secret\\xe1ria nacional de Cidadania e ex-integrante da Comiss\\xe3o Interamericana de Direitos Humanos. Ela se refere ao cont\\xednuo compartilhamento desses registros, do qual resulta um fen\\xf4meno que o jornalista americano Thomas Friedman chama de \\u201cglobaliza\\xe7\\xe3o do rep\\xfadio moral\\u201d \\xe0 invas\\xe3o. Em entrevista a Renata Lo Prete, ela lembra que mesmo conflitos armados precisam respeitar \\u201climites \\xe9ticos e jur\\xeddicos\\u201d. Aperfei\\xe7oado desde o fim da Primeira Guerra Mundial, esse regramento est\\xe1 hoje inscrito no Estatuto de Roma, assinado em 1998, e os casos afeitos a ele s\\xe3o analisados pelo Tribunal Penal Internacional. No entender da professora da PUC-SP, o que est\\xe1 acontecendo na Ucr\\xe2nia d\\xe1 margem a investiga\\xe7\\xe3o e processo por crimes de guerra, contra a humanidade e de genoc\\xeddio. Ela reconhece que n\\xe3o ser\\xe1 simples fazer Vladimir Putin se curvar ao TPI, mas defende a import\\xe2ncia de a comunidade internacional perseguir esse objetivo: \\u201cPara que n\\xe3o sejam punidos apenas os executores, mas os arquitetos da destrui\\xe7\\xe3o\\u201d.'