Centrao no topo e com Bolsonaro
b'As tr\\xeas siglas mais pr\\xf3ximas do presidente emergem como principais vitoriosas da rec\\xe9m-encerrada temporada de trocas partid\\xe1rias. O PL, ao qual ele \\xe9 filiado, tem agora a maior bancada da C\\xe2mara dos Deputados. PP e Republicanos tamb\\xe9m registraram crescimento expressivo. Para al\\xe9m da completa volta por cima dada por legendas fortemente implicadas nos maiores esc\\xe2ndalos de corrup\\xe7\\xe3o do passado recente, trata-se de um processo de consolida\\xe7\\xe3o da direita parlamentar e de um sinal inequ\\xedvoco da destina\\xe7\\xe3o de seu investimento eleitoral. Esses pol\\xedticos \\u201capostam que Bolsonaro \\xe9 o caminho mais seguro para a continuidade de benesses", diz Bruno Carazza, colunista do jornal Valor Econ\\xf4mico. Na conversa com Renata Lo Prete, ele analisa tamb\\xe9m a soma zero no campo da esquerda (apesar de um pequeno incremento no n\\xfamero de seus deputados, o PT caiu no ranking geral e ainda viu o encolhimento de aliados como o PSB) e a atrofia de partidos como MDB e PSDB, mais um reflexo do beco aparentemente sem sa\\xedda em que est\\xe1 a chamada \\u201cterceira via\\u201d. A esta altura, avalia Bruno, a disputa presidencial \\xe9 \\u201cum jogo de ganha-ganha\\u201d para personagens como Valdemar Costa Neto (dono do PL), Arthur Lira e Ciro Nogueira (caciques do PP). Ganham mais, claro, se Bolsonaro se reeleger. Mas qualquer outro tamb\\xe9m ter\\xe1 de se entender com eles.'