Carne: embargo da China e outras pressoes
b'Destino de 15% da carne bovina brasileira, a China suspendeu suas compras no in\\xedcio de setembro, depois que o Brasil reportou dois casos da doen\\xe7a da vaca louca. Agora, depois de mais de dois meses, d\\xe1 sinal verde para a retomada parcial das importa\\xe7\\xf5es. Roberto Rodrigues, ministro da Agricultura entre 2003 e 2006, analisa em conversa com Renata Lo Prete o impacto do embargo para o Brasil. Ele explica como a pandemia trouxe \\xe0 tona duas quest\\xf5es que est\\xe3o diretamente relacionadas ao agro: sustentabilidade e seguran\\xe7a alimentar. E seus resultados pr\\xe1ticos: corrida acelerada dos pa\\xedses pela compra de mais comida, com press\\xe3o inflacion\\xe1ria global - com efeito mais severo para o mercado interno, diante da desvaloriza\\xe7\\xe3o do real em rela\\xe7\\xe3o ao d\\xf3lar. Em paralelo ao contencioso com a China, o ex-ministro fala sobre a preocupa\\xe7\\xe3o do agro nacional com o eventual embargo amea\\xe7ado pela Uni\\xe3o Europeia sob argumento ambiental: uma \\u201cesp\\xe9cie de barreira n\\xe3o-tarif\\xe1ria\\u201d, que ele considera \\u201cprotecionismo injustificado\\u201d. Participa tamb\\xe9m Rafael Walendorff, rep\\xf3rter do Valor Econ\\xf4mico. Ele atualiza o status da negocia\\xe7\\xe3o entre os governos para a libera\\xe7\\xe3o da carne nos portos chineses e contextualiza a \\u201cjogada comercial\\u201d da China em derrubar parcialmente o embargo: rep\\xf5e seu estoque interno de prote\\xedna animal (que tradicionalmente cai nos fins de ano) e \\u201csinaliza boa vontade\\u201d aos frigor\\xedficos brasileiros.'