Anarquia militar em versao bolsonarista

Published: June 7, 2021, 3:18 a.m.

b'A decis\\xe3o do Ex\\xe9rcito de deixar sem puni\\xe7\\xe3o o general da ativa que violou o regulamento ao fazer com\\xedcio para o presidente da Rep\\xfablica deflagrou a maior crise envolvendo as For\\xe7as Armadas desde a redemocratiza\\xe7\\xe3o do pa\\xeds. \\u201cN\\xe3o faltaram alertas sobre os riscos dessa aventura\\u201d, afirma o cientista pol\\xedtico Octavio Amorim Neto. O professor da FGV se refere ao embarque de lideran\\xe7as militares no projeto pol\\xedtico de Jair Bolsonaro, processo que teve seu primeiro movimento em 2018, com o tu\\xedte amea\\xe7ador no qual o ent\\xe3o comandante do Ex\\xe9rcito pressionava o STF a manter Lula fora da elei\\xe7\\xe3o. Agora, com o passe livre a Eduardo Pazuello, est\\xe1 dada a senha para a insubordina\\xe7\\xe3o em patentes inferiores e nas PMs (que j\\xe1 acumulam incidentes de arb\\xedtrios e excessos). E o atual comandante, prev\\xea Amorim Neto, s\\xf3 recobrar\\xe1 a autoridade se tiver apoio do Congresso e do Supremo. Congresso que \\xe9 chamado a fazer sua parte pelo ex-deputado federal e ex-ministro da Defesa Raul Jungmann, tamb\\xe9m entrevistado por Renata Lo Prete neste epis\\xf3dio. \\u201cN\\xe3o tem exercido suas responsabilidades\\u201d, diz ele. \\u201cJ\\xe1 deveria ter regulamentado a presen\\xe7a (ou melhor, a aus\\xeancia) de militares da ativa no governo\\u201d.'