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b'Pela primeira vez na hist\\xf3ria democr\\xe1tica do Brasil foi aprovado um novo sistema tribut\\xe1rio. Depois de d\\xe9cadas de discuss\\xf5es e tentativas para viabilizar uma proposta de reforma, Congresso e Executivo chegaram a um termo comum e promulgaram a PEC que revoluciona a cobran\\xe7a de impostos sobre produ\\xe7\\xe3o e consumo no pa\\xeds. Para explicar o impacto da reforma tribut\\xe1ria e esclarecer o que ainda falta, Natuza Nery entrevista o principal formulador t\\xe9cnico da proposta, o economista Bernard Appy, secret\\xe1rio extraordin\\xe1rio da reforma no Minist\\xe9rio da Fazenda. Neste epis\\xf3dio: \\n\\n- Appy justifica a urg\\xeancia em alterar a forma como os impostos s\\xe3o cobrados sobre a produ\\xe7\\xe3o e o consumo no Brasil: "Disfuncionais e t\\xeam efeito negativo na economia\\u201d. A lista de motivos apresentada por ele elenca a alta complexidade do sistema, as falhas nos mecanismos de n\\xe3o-cumulatividade e as distor\\xe7\\xf5es na organiza\\xe7\\xe3o da produ\\xe7\\xe3o. \\u201cO efeito da reforma pode ser maior que 10% no PIB e na renda das fam\\xedlias\\u201d, afirma; \\n\\n- Ele afirma que o texto final, \\u201cembora n\\xe3o seja o ideal [devido \\xe0s exce\\xe7\\xf5es impostas pelo Congresso], \\xe9 muito melhor do que o que temos hoje\\u201d. E explica as tr\\xeas etapas de implementa\\xe7\\xe3o do novo sistema, que tem duas datas mais importantes: uma simplifica\\xe7\\xe3o de impostos em 2027 e a reforma completa em 2033; \\n\\n- O economista comenta o apelido que recebera d\\xe9cadas atr\\xe1s: o de \\u2018Dom Quixote\\u2019 em busca de viabilizar a reforma tribut\\xe1ria. \\u201cMe sinto realizado\\u201d, celebra. \\u201cDeu certo agora porque aprendemos com os erros do passado e porque a reforma passou a ser prioridade para o Executivo e para o Parlamento\\u201d, conclui.'