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b'"Um tsunami de casos." Assim o m\\xe9dico Fl\\xe1vio Arbex descreve a Natuza Nery a situa\\xe7\\xe3o em Araraquara, cidade do interior de SP que prorrogou medidas de restri\\xe7\\xe3o para tentar controlar a nova variante do coronav\\xedrus. Pneumologista, Fl\\xe1vio \\xe9 coordenador da enfermaria de Covid da Santa Casa da cidade. O m\\xe9dico relata a mudan\\xe7a de perfil dos infectados e descreve a doen\\xe7a como uma "trag\\xe9dia familiar". E lembra de pacientes que, ao serem internados, perguntam: "vou ver meu filho de novo, vou ver minha filha de novo?". Neste epis\\xf3dio participa tamb\\xe9m o epidemiologista Guilherme Werneck, pesquisador e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. \\xc9 ele que enumera os v\\xe1rios ind\\xedcios de mais um cen\\xe1rio de descontrole geral da pandemia, no momento em que estados como S\\xe3o Paulo anunciam medidas mais duras de restri\\xe7\\xe3o de circula\\xe7\\xe3o. Guilherme aponta que estamos "colhendo frutos de um per\\xedodo relativamente longo de contato social", ao lembrar das festas de fim de ano e do carnaval. E explica por que a alta de casos demora a ser percebida nos n\\xfameros. "As pessoas mais jovens podem desenvolver formas mais leves, mas transmitem. Elas v\\xe3o para casa, transmitem para o pai e para o av\\xf4. E s\\xe3o essas pessoas que v\\xe3o aparecer nas estat\\xedsticas, um m\\xeas depois". O epidemiologista alerta que a situa\\xe7\\xe3o pode ser agravar nas pr\\xf3ximas semanas. "Atuar agora pode n\\xe3o resolver o problema, mas vai trazer frutos positivos um pouco mais adiante".'