A miragem mortal da imunidade coletiva

Published: May 10, 2021, 3:16 a.m.

b'Com palavras e a\\xe7\\xf5es, Jair Bolsonaro apostou desde o in\\xedcio na ideia de deixar o novo coronav\\xedrus correr solto. Em detrimento das vacinas, por essa via chegar\\xedamos, achava o presidente, \\xe0 prote\\xe7\\xe3o do conjunto dos brasileiros. Catorze meses depois, a CPI da Covid mira a estrat\\xe9gia de imuniza\\xe7\\xe3o de rebanho por cont\\xe1gio como uma das principais evid\\xeancias da responsabilidade dolosa do governo federal por uma trag\\xe9dia sanit\\xe1ria que j\\xe1 conta mais de 420 mil mortos. \\u201cFica claro o objetivo de que o v\\xedrus se propagasse de forma r\\xe1pida e intensa. Essa intencionalidade vai al\\xe9m do discurso, ela se deu na pr\\xe1tica\\u201d, afirma neste epis\\xf3dio a professora Deisy Ventura, pesquisadora da rela\\xe7\\xe3o entre pandemias e direito internacional. Na CPI, existem pelo menos quatro requerimentos para ouvir Deisy, coordenadora, na USP, de um estudo que analisou mais de 3 mil normas relacionadas \\xe0 Covid-19 baixadas pela gest\\xe3o Bolsonaro. Ela detalha os achados e explica que eles podem gerar, para o presidente e demais envolvidos, acusa\\xe7\\xf5es por crimes comuns, de responsabilidade e contra a humanidade. Renata Lo Prete conversa tamb\\xe9m com o colunista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo e da r\\xe1dio CBN, que vem acompanhando o trabalho dos senadores da comiss\\xe3o. \\u201cNas pr\\xf3ximas semanas, um dos desafios mais importantes ser\\xe1 identificar o que o ex-ministro Mandetta classificou como \\u2018Minist\\xe9rio da Sa\\xfade paralelo\\u2019\\u201d, diz ele. Ou seja, quem contribuiu para a decis\\xe3o de Bolsonaro \\u201cde nos jogar nesse caminho\\u201d.'