A implosao do teto e da equipe economica
b'O governo rasgou o que restava de sua fantasia de responsabilidade fiscal ao executar manobra que abrir\\xe1 espa\\xe7o de R$ 83 bilh\\xf5es no Or\\xe7amento de 2022. Na pr\\xe1tica, isso rompe o limite de gastos introduzido na Constitui\\xe7\\xe3o em 2016. Parte desse dinheiro ser\\xe1 usada para bancar o Aux\\xedlio Brasil, substituto do Bolsa Fam\\xedlia que Jair Bolsonaro pretende usar como ativo na campanha do ano que vem. E parte \\xe9 cobi\\xe7ada pelo Congresso na forma de mais emendas. Neste epis\\xf3dio, o professor Jo\\xe3o Villaverde, da FGV, explica a gambiarra e suas consequ\\xeancias de longo prazo - entre as imediatas est\\xe1 a debandada de v\\xe1rios secret\\xe1rios do ministro Paulo Guedes, al\\xe9m de novo tombo da Bolsa e empinada do d\\xf3lar. Autor do livro \\u201cPerigosas Pedaladas\\u201d, sobre a contabilidade criativa que precipitou a ru\\xedna do governo de Dilma Rousseff, Jo\\xe3o descreve a "esculhamba\\xe7\\xe3o institucional" do atual momento. Ela est\\xe1 em tantas \\xe1reas que \\u201cvoc\\xea n\\xe3o sabe nem para onde olhar: Or\\xe7amento secreto, precat\\xf3rios, caminhoneiros\\u201d, lista ele na conversa com Renata Lo Prete. Participa tamb\\xe9m a economista Tereza Campelo, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate \\xe0 Fome (2011-2016), para lembrar que a discuss\\xe3o sobre o Aux\\xedlio Brasil n\\xe3o pode ser apenas fiscal. Ela considera no m\\xednimo impreciso trat\\xe1-lo como um Bolsa Fam\\xedlia \\u201crebatizado\\u201d, porque s\\xe3o dois programas muito diferentes. Este, "simples e muito claro em seus objetivos", acaba de completar 18 anos, tendo gerado impactos positivos "generalizados" e mundialmente reconhecidos. O novo \\xe9 uma \\u201c\\xe1rvore de Natal\\u201d da qual pouco se sabe, repleto de condicionantes e diferencia\\xe7\\xf5es que acabam por "excluir pessoas". Fora as incertezas sobre o valor do benef\\xedcio para al\\xe9m do ano eleitoral.'