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b'Nesta segunda-feira (27), um adolescente de 13 anos, armado com uma faca, atacou colegas e professores na escola onde estudava, na Zona Oeste de S\\xe3o Paulo. Alvo de seu ex-aluno, a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morreu. Este ataque brutal n\\xe3o \\xe9 ato isolado e tem caracter\\xedsticas que se repetem nos mais de 20 massacres contabilizados em escolas brasileiras nas \\xfaltimas duas d\\xe9cadas - um fen\\xf4meno que se acelerou desde agosto do ano passado, per\\xedodo no qual ocorre mais de um ataque por m\\xeas em todo o pa\\xeds. Na maior parte dos casos, os autores dos ataques, em ambiente online, publicam conte\\xfado e integram grupos com temas supremacistas e violentos. Para analisar este cen\\xe1rio, Natuza Nery recebe Talma Vinha, professora da Faculdade de Educa\\xe7\\xe3o e coordenadora do grupo \\u201c\\xc9tica, Diversidade e Democracia na Escola P\\xfablica\\u201d, do Instituto de Estudos Avan\\xe7ados, ambos na Unicamp. Neste epis\\xf3dio: \\n\\n- Telma descreve o perfil dos alunos e ex-alunos que invadem as escolas em atos violentos: s\\xe3o do sexo masculino, brancos, jovens, mis\\xf3ginos, \\u201cvivenciaram bullying\\u201d, t\\xeam \\u201cgosto por viol\\xeancia\\u201d e apresentam \\u201csinais de transtornos psiqui\\xe1tricos\\u201d; \\n\\n- Ela relaciona os massacres ao \\u201caumento da cultura da viol\\xeancia\\u201d e destaca os aspectos midi\\xe1ticos destes eventos, que s\\xe3o abertamente debatidos em f\\xf3runs, comunidades e jogos online. \\u201cNestes grupos, eles se sentem acolhidos\\u201d, afirma;\\n\\n- A pesquisadora explica os fatores de \\u201cadoecimento ps\\xedquico\\u201d que atingem estes jovens: empobrecimento p\\xf3s-pandemia, falta de acesso a lazer e cultura e \\u201cnenhuma perspectiva de futuro\\u201d. E afirma que \\xe9 fundamental \\u201cpol\\xedticas p\\xfablicas integradas\\u201d nas escolas; \\n\\n- Telma tamb\\xe9m aponta quais os sinais podem ser observados jovens com potencial violento: obsess\\xe3o por armas de fogo e agressividade contra mulheres, negros e grupos menorizados.'