A CPI, as boiadas que passam e 2022

Published: May 21, 2021, 3:41 a.m.

b'Da dilui\\xe7\\xe3o do licenciamento ambiental ao sinal verde para a venda da Eletrobras, contemplando ainda uma altera\\xe7\\xe3o no regimento que reduziu a margem de manobra da minoria, os deputados est\\xe3o votando mat\\xe9rias em s\\xe9rie, enquanto o governo tenta erguer um muro de conten\\xe7\\xe3o de danos na comiss\\xe3o em que senadores investigam a gest\\xe3o da pandemia. Para completar, o depoimento de Eduardo Pazuello coincidiu com a opera\\xe7\\xe3o que coloca na mira da PF um outro personagem pr\\xf3ximo de Jair Bolsonaro: o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Em entrevista a Renata Lo Prete, o fil\\xf3sofo Marcos Nobre liga todos esses pontos para tra\\xe7ar o quadro pol\\xedtico do momento e o que ele projeta para 2022. \\u201c\\xc9 um presidencialismo de coaliza\\xe7\\xe3o secreto\\u201d, afirma o professor da Unicamp e presidente do Centro Brasileiro de An\\xe1lise e Planejamento (Cebrap). A express\\xe3o se refere a um outro elemento da conjuntura: o rec\\xe9m-revelado Or\\xe7amento paralelo para atender aliados do Planalto no Congresso. Para Nobre, esse expediente tem permitido a Bolsonaro manter uma base parlamentar mais s\\xf3lida do que muitos imaginavam. E a CPI ainda est\\xe1 por mostrar quanto dano pode causar ao presidente. Por enquanto, avalia o professor, a narrativa bolsonarista sobre o enfrentamento da Covid \\u201cseduz entre 25% e 30% do eleitorado\\u201d. \\u201cO suficiente para lev\\xe1-lo ao segundo turno no ano que vem\\u201d.'