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b'O Or\\xe7amento enviado pelo Executivo ao Congresso nesta quinta-feira (31) mant\\xe9m a promessa feita pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad: zerar o d\\xe9ficit das contas p\\xfablicas. Haddad convenceu o presidente Lula, contrariando lideran\\xe7as do PT que defendiam o aumento dos gastos para impulsionar a economia, aumentando a arrecada\\xe7\\xe3o. A meta \\xe9 considerada ambiciosa pois, para ser cumprida, precisa que o governo levante R$ 168 bilh\\xf5es a mais em receitas. E tamb\\xe9m porque depende da aprova\\xe7\\xe3o, no Congresso, de medidas como a tributa\\xe7\\xe3o dos chamados fundos offshore e de grandes investidores. Para explicar o que levou \\xe0 queda de bra\\xe7o em torno da meta de d\\xe9ficit zero e entender se ela \\xe9 real ou ut\\xf3pica, Natuza Nery conversa com Adriana Fernandes, rep\\xf3rter especial e colunista do jornal O Estado de S.Paulo. Neste epis\\xf3dio: \\n\\n- Adriana resume como \\u201c\\u2019por tr\\xe1s da discuss\\xe3o da meta est\\xe1 a decis\\xe3o de gastar mais em 2024\\u201d. E explica que o governo ter\\xe1 que fazer contingenciamentos caso n\\xe3o consiga aumentar a arrecada\\xe7\\xe3o;\\n\\n- Ela detalha os motivos que fazem a meta de d\\xe9ficit zero ser considerada ambiciosa: \\u201c\\xe9 uma ca\\xe7a ao tesouro\\u201d, ilustra, ao citar a necessidade de R$ 168 bilh\\xf5es a mais em receitas. E lembra como o Congresso precisa aprovar projetos como a tributa\\xe7\\xe3o de fundos de investimentos fora do pa\\xeds e de fundos dos chamados \\u201csuper-ricos\\u201d no Brasil para ajudar a fechar a conta; \\n\\n- A jornalista aponta dois personagens que se colocaram, por motivos diferentes, contra a meta de d\\xe9ficit zero: Arthur Lira (presidente da C\\xe2mara) e Gleisi Hoffmann (presidente do PT). De um lado, Lira pressiona o governo por uma reforma ministerial: \\u201caqui em Bras\\xedlia cria-se dificuldades para obter vantagem\\u201d, diz, mas lembra que Lira tem a ambi\\xe7\\xe3o de deixar sua marca na pauta econ\\xf4mica. Sobre a presidente do PT, Adriana lembra como ela e o partido t\\xeam \\u201cconvic\\xe7\\xe3o ideol\\xf3gica de que o aumento do gasto impulsiona a economia\\u201d, ao puxar a arrecada\\xe7\\xe3o; \\n\\n- E conclui como um eventual recuo de Haddad sobre esta que \\xe9 uma de suas promessas seria \\u201cum tiro no p\\xe9\\u201d. Ela explica que o esfor\\xe7o do ministro da Fazenda para chegar ao d\\xe9ficit zero tem papel simb\\xf3lico: "come\\xe7ar sem nem tentar seria dar margem para novas flexibiliza\\xe7\\xf5es e mais gastos\\u201d, diz.'