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b'Est\\xe1 presente hoje no pa\\xeds uma seria crise de emprego na juventude, a qual tem se agravado nos \\xfaltimos anos. Segundo dados da FGV Social, os jovens que hoje n\\xe3o estudam nem trabalham \\u2013 a chamada gera\\xe7\\xe3o nem-nem \\u2013 correspondem a 35% da popula\\xe7\\xe3o entre 20 e 24 anos. Com a pandemia de Covid-19, muitas portas se fecharam, a renda diminuiu e estes jovens e suas fam\\xedlias n\\xe3o conseguiram mais custear os estudos. Fora do sistema de ensino e do mercado de trabalho, o futuro deles est\\xe1 certamente comprometido. Para debater esse quadro dram\\xe1tico, a Funda\\xe7\\xe3o FHC realizou um webinar com tr\\xeas especialistas.\\n\\nNaercio Menezes, professor titular da C\\xe1tedra Ruth Cardoso no Insper, destacou que os efeitos da pandemia ser\\xe3o sentidos nas gera\\xe7\\xf5es do futuro. Por isso, segundo ele, \\xe9 preciso agir desde j\\xe1 pra diminuir desigualdades sociais. Enid Rocha Andrade da Silva, economista e pesquisadora s\\xeanior do Instituto de Pesquisa Econ\\xf4mica Aplicada ( IPEA) apontou preocupa\\xe7\\xe3o com a demora para resolver este problema, uma vez que, quando o tempo sem estudo e sem trabalho se prolonga, o jovem corre o risco de "exercer ocupa\\xe7\\xf5es informais mal remuneradas pelo resto da vida". A educadora social e coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunit\\xe1rio (IBEAC), Bel Santos Mayer, trouxe exemplos de respostas poss\\xedveis a esse problema por parte da sociedade civil e a import\\xe2ncia de se colocar em pr\\xe1tica a\\xe7\\xf5es transformadoras nos territ\\xf3rios, onde o Estado \\xe9 mais tradicionalmente mais ausente.'