O conto de Aia - Margaret Atwood

Published: Feb. 7, 2021, 6:56 p.m.

b'O romance dist\\xf3pico O conto da aia, de Margaret Atwood, se passa num futuro muito pr\\xf3ximo e tem como cen\\xe1rio uma rep\\xfablica onde n\\xe3o existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Tamb\\xe9m j\\xe1 n\\xe3o h\\xe1 advogados, porque ningu\\xe9m tem direito a defesa. Os cidad\\xe3os considerados criminosos s\\xe3o fuzilados e pendurados mortos no Muro, em pra\\xe7a p\\xfablica, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem \\xe0 vista de todos. Para merecer esse destino, n\\xe3o \\xe9 preciso fazer muita coisa \\u2013 basta, por exemplo, cantar qualquer can\\xe7\\xe3o que contenha palavras proibidas pelo regime, como \\u201cliberdade\\u201d. Nesse Estado teocr\\xe1tico e totalit\\xe1rio, as mulheres s\\xe3o as v\\xedtimas preferenciais, anuladas por uma opress\\xe3o sem precedentes. O nome dessa rep\\xfablica \\xe9 Gilead, mas j\\xe1 foi Estados Unidos da Am\\xe9rica. As mulheres de Gilead n\\xe3o t\\xeam direitos. Elas s\\xe3o divididas em categorias, cada qual com uma fun\\xe7\\xe3o muito espec\\xedfica no Estado. A Offred coube a categoria de aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar, depois que uma cat\\xe1strofe nuclear tornou est\\xe9ril um grande n\\xfamero de pessoas. E sem d\\xfavida, ainda que vigiada dia e noite e ceifada em seus direitos mais b\\xe1sicos, o destino de uma aia ainda \\xe9 melhor que o das n\\xe3o-mulheres, como s\\xe3o chamadas aquelas que n\\xe3o podem ter filhos, as homossexuais, vi\\xfavas e feministas, condenadas a trabalhos for\\xe7ados nas col\\xf4nias, lugares onde o n\\xedvel de radia\\xe7\\xe3o \\xe9 mort\\xedfero.'