Barbara Paz
b'Musa de Hector Babenco volta aos nossos estúdios depois de quase 4 anos\\n \\n O Trip FM desta semana \\xe9 com a dona de um dos olhares mais hipnotizantes das artes c\\xeanicas do pa\\xeds, a bela e perfumada B\\xe1rbara Paz. Ela est\\xe1 atualmente em cartaz no teatro Eva Hertz, em S\\xe3o Paulo, com a imperd\\xedvel pe\\xe7a Hell, adapta\\xe7\\xe3o do livro de Lolita Pille traduzida para o teatro por Hector Babenco e Marco Ant\\xf4nio Braz.\\xa0\\nDeixando qualquer conota\\xe7\\xe3o piegas que possa existir neste termo bem de lado, o fato \\xe9 B\\xe1rbara \\xe9 um \\u201cexemplo de supera\\xe7\\xe3o\\u201d. Encarou a perda dos pais quando ainda era crian\\xe7a, venceu as dificuldades financeiras da fam\\xedlia, sobreviveu a um acidente grave de carro e digeriu as cicatrizes internas e externas que ele deixou. Mais recentemente, se livrou do estigma de \\u201cvencedora de reality show\\u201d e se consolidou como uma importante e talentosa atriz tanto do teatro, quanto da televis\\xe3o brasileira.\\xa0\\n\\n"N\\xe3o sou eu que busco os personagens. S\\xe3o os personagens que me buscam. Eu tenho uma carga dram\\xe1tica forte, mas n\\xe3o fa\\xe7o s\\xf3 papel de louca"\\n\\nNa entrevista, B\\xe1rbara falou sobre o rompimento que significa o fim de uma novela, sobre a escolha de suas personagens e sobre mais detalhes da sua vida pessoal e profissional.\\n"Quando acaba a novela, parece que te arrancam uma coisa. \\xc9 um vazio que rola e \\xe9 muito grande. \\xc9 uma coisa que se confunde um pouco. \\xc9 uma coisa que se mistura com sua personagem. Voc\\xea acaba vivendo aquele cotidiano e a\\xed voc\\xea sente uma falta brutal", comentou a atriz sobre seus mais recentes trabalhos na telinha. A\\xed eu sa\\xed dal\\xed e dois meses depois j\\xe1 estava no teatro, quero dizer, eu precisava escapar para algum lugar. Da\\xed apareceu o Hell."\\nQuando perguntada sobre os personagens desequilibrados que j\\xe1 interpretou, ela ri e diz que n\\xe3o \\xe9 atriz de um papel s\\xf3, como j\\xe1 provou encarando com\\xe9dias e papeis que ela mesma chama de "mais leves". Na pe\\xe7a Hell, entretando, ela volta a interpretar uma mulher no limite da sanidade que vive entre uma fissura de coca\\xedna e outra em um mondo rodeado por vestidos, bolsas e assess\\xf3rios de grife.\\n"N\\xe3o sou eu que busco os personagens. S\\xe3o os personagens que me buscam. Eu tenho uma carga dram\\xe1tica forte, mas n\\xe3o \\xe9 que eu fa\\xe7o s\\xf3 papel de louca. Mas \\xe9 claro que eu tenho uma tend\\xeancia de puxar para o drama. No meu olhar j\\xe1 diz isso, \\xe9 um olhar de viv\\xeancia, de 37 anos. Muitas vezes eu sinto que eu tenho muito mais idade do que eu tenho."\\n\\n"Todo o g\\xeanio tem que ter um lado forte e eu respeito muito isso no Hector (Babenco). Mas \\xe9 l\\xf3gico que tem momentos que voc\\xea tem que saber dividir, parar e saber que \\xe9 melhor assim: cada um em um canto."\\n\\nSobre trabalhar ao lado de seu namorado, o cultuad\\xedssimo cineasta e dramaturgo Hector Babenco, ela fala com muita ternura. Mesmo tendo que lidar com o g\\xeanio forte do companheiro, ela diz saber quando insistir e quando recuar em uma decis\\xe3o da pe\\xe7a.\\n"Todo o g\\xeanio tem que ter um lado forte e eu respeito muito isso no Hector. Mas \\xe9 l\\xf3gico que tem momentos que voc\\xea tem que saber dividir, parar e saber que \\xe9 melhor assim: cada um em um canto. Isso faz com que a gente possa refletir e cria um ambiente melhor tanto para ele quanto para mim. Somos os dois criadores ent\\xe3o parar um pouco a rela\\xe7\\xe3o profissional tamb\\xe9m faz bem."\\n\\xa0\\nO Trip Fm vai ao ar na grande S\\xe3o Paulo \\xe0s sextas \\xe0s 20h, com reprise \\xe0s ter\\xe7as \\xe0s 23h pela R\\xe1dio Eldorado Brasil 3000, 107,3MHz'