Lembranca da infancia

Published: Aug. 30, 2020, 12:07 p.m.

b'

Os laivos de imagens, onde at\\xe9 sinto os cheiros das ruas, sinto o vento, lembran\\xe7as do tempo em que aprendi a ser feliz. Se hoje trago comigo um sorriso, aprendi na inf\\xe2ncia. Cercado por montanhas, minadas de ferro, vermelhas como a febre da adolesc\\xeancia que apagava o fogo nas cascatas e lagos, das Minas Gerais. Brincadeiras de rua, de p\\xe9s descal\\xe7os, de amigos tantos, que agora \\xe0 dist\\xe2ncia, s\\xf3 resta lembrar. O sabor da goiaba, pitanga e carambola, \\xe0s margens do rio onde passava as f\\xe9rias, sobre o lombo de uma bicicleta ou \\xe0 cavalo. Com o sol pela frente, montanhas \\xe0s costas e um sorriso nos l\\xe1bios, que tempos t\\xe3o simples, t\\xe3o livres, t\\xe3o eternos, nos fazem ter marcas para nunca apagar. Meus primos irm\\xe3os Giovani e Marconi, estaremos de novo a correr juntos noutras paragens, \\xe0 beira do curral. Com a caneca cheia de Toddy, estendida ao Cumpadre Chico, quem ordenhava com espuma o leite mais puro, que tom\\xe1vamos entre goles de alegria. Hist\\xf3rias da fazenda, contadas pela Fif\\xeda, das mulas-sem-cabe\\xe7a ou dos sacis que habitavam as gameleiras. Lembran\\xe7as da inf\\xe2ncia. Lembran\\xe7as de que nunca nos separamos. Lembran\\xe7as que agora, somos n\\xf3s quem contamos. Sempre com o sorriso que aprendemos na inf\\xe2ncia. O que o amor uniu, a aus\\xeancia n\\xe3o separa.

\\n\\n--- \\n\\nSend in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/textosetrilhas/message'