Cronica: "O pequeno vendedor de flores", De Miguel Sanches. Por Vera Borges - Bibliotecaria.

Published: Sept. 12, 2020, 6:25 p.m.

b'Cr\\xf4nica: "O pequeno vendedor de fl\\xf4res", De Miguel Sanches. Ed. Aymar\\xe1. Por: Vera Borges - Bibliotec\\xe1ria - Bauru - SP. Extra\\xedda do livro: Um campon\\xeas na capital. "O cronista \\xe9 um escritor consciente de sua responsabilidade com a mem\\xf3ria. Tendo vivido com intensidade outras experi\\xeancias de tempo, ele d\\xe1 o seu testemunho ficcional e liter\\xe1rio. Escrevemos cr\\xf4nicas principalmente para acrescentar aos dias de hoje o que ficou retido em nosso passado pessoal.\\nEntre todas estas realidades perdidas, figura como algo comum a um grande n\\xfamero de pessoas a valiosa experi\\xeancia rural, ou apenas interiorana. At\\xe9 algumas d\\xe9cadas atr\\xe1s, a vida perif\\xe9rica mantinha caracter\\xedsticas pr\\xf3prias. Com a integra\\xe7\\xe3o do planeta pela comunica\\xe7\\xe3o e pelo consumo, estas outras formas de ser podem desaparecer completamente.\\nDa\\xed a import\\xe2ncia da cr\\xf4nica. Por meio de um verbo enraizado no ch\\xe3o da mem\\xf3ria, o cronista tenta eternizar o que j\\xe1 n\\xe3o existe na realidade. Mas ele \\xe9 um ser em conflito. Vive o presente, sua atual p\\xe1tria, sem se desligar do passado, pa\\xeds estrangeiro para onde sempre viaja em deslocamentos r\\xe1pidos. Homem de dois mundos, de dois tempos, o cronista cultiva sua antiga lavoura num jardim de cimento". (Miguel Sanches Neto).'