SEM VIAS / Melina Guterres
b'Sem vias\\n\\nAmanheceu Belchior\\nAdormeceu Romaria\\nNuma quadra\\nSem vias\\nS\\xf3 havia subida\\n\\nP\\xe9s tortos\\nCegos\\nSentiam a vida\\n\\nNo forno\\nA comida\\nA espera do sal\\n\\nNa avenida\\nRomaria\\nO encontro\\nDo ch\\xe3o do sert\\xe3o\\nCom o erudito de port\\xe3o\\n\\nMeu olhar\\nNas estranhezas\\nDe um suco\\nSem \\xe1\\xe7ucar\\n\\nPaladar\\nTinha voz \\n\\nPigmentos\\nEsculpiam\\nA porta\\n\\nCora\\xe7\\xe3o \\nSelvagem\\nMordia\\n\\nUma corda\\nPerdia \\nSeu fio\\n\\nAlucina\\xe7\\xe3o\\nDo dia-dia\\n\\nNa areia no Rio de Janeiro\\nNa terra vermelha do interior da Bahia\\nNa montanha removida do Par\\xe1\\nNo frio da fronteira do Sul\\nNa capital dos neg\\xf3cios\\n\\n"Um preto, um pobre\\nUma estudante\\nUma mulher sozinha"\\n"De sonho e de p\\xf3"\\n\\nMelina Guterres - @melinquieta \\n\\nM\\xfasicas refer\\xe9nciadas:\\nAlucina\\xe7\\xe3o e Cora\\xe7\\xe3o Selvagem de Belchior\\nRomaria de Renato Teixeira \\n\\nFoto reprodu\\xe7\\xe3o. \\n\\n#poesiacommel #poema #poeta #poesia #sertao #romaria #belchior #alucina\\xe7\\xe3o'