São Tomé e Príncipe inicia introdução de energia limpa na rede eléctrica nacional

Published: Aug. 30, 2022, 1:57 p.m.

São Tomé e Príncipe acaba de inaugurar a primeira central fotovoltaica do país. Custou 700 mil euros e nesta fase produz 540 kilowatts de potência. A central situada no recinto da central de Santo Amaro, enquadra-se num projecto financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A segunda fase do projecto passa pela instalação de painéis solares, na zona sul da central de Santo Amaro, com capacidade estimada de 1,7 megawatts pico de produção (MWp), aumentando a capacidade da central para a produção de dois megawatts. Para o Ministro das Infra-estruturas e Recursos Naturais, Osvaldo Abreu, trata-se de um passo importante porque é o início da introdução de energia limpa na rede eléctrica nacional: “A inauguração desta pequena central significa muito para São Tomé e Príncipe porque marca o início da era da introdução na rede eléctrica nacional da energia de origem solar fotovoltaica”. “Em termos económicos as vantagens são imensas. Nos cálculos que temos, já há algum tempo, a introdução de 1.2 megas de energia solar representaria uma poupança de um pouco mais de meio milhão de dólares anuais, portanto, se nós vamos colocar 2 megas nesta fase inicial, estaríamos a ter cerca de quase dois milhões de dólares anuais de poupança em termos de consumo do diesel”, acrescenta o governante. Mas se com esta acção São Tomé e Príncipe está a apostar em energia limpa, o arquipélago procura ao mesmo tempo investir na exploração petrolífera. Questionado sobre esta dupla aposta "contraditória", Osvaldo Abreu justificou com a necessidade de financiamento da economia são-tomense.