EXU | MFC 345

Published: April 8, 2021, 6:59 p.m.

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Durante s\\xe9culos, a \\xc1frica foi destino de exploradores e mission\\xe1rios crist\\xe3os, que buscavam n\\xe3o s\\xf3 conhecer os povos da regi\\xe3o, como tamb\\xe9m catequiz\\xe1-los. In\\xfameros s\\xe3o os relatos de religiosos sobre a cultura e religi\\xe3o iorub\\xe1, inclusive descrevendo seus ritos e \\xeddolos dispostos em altares.

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Desde as primeiras incurs\\xf5es de desbravadores europeus no continente africano, as entidades l\\xe1 veneradas passaram a ser erroneamente entendidas por outros povos. A representa\\xe7\\xe3o do orix\\xe1 Exu pelos iorub\\xe1s foi distorcida em uma dupla identidade, como um deus f\\xe1lico baseado em suas representa\\xe7\\xf5es materiais art\\xedsticas para devo\\xe7\\xe3o, e como o diabo, baseado em suas descri\\xe7\\xf5es e atribui\\xe7\\xf5es do pante\\xe3o dos orix\\xe1s nas religi\\xf5es judaico-crist\\xe3s.

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Com a dissemina\\xe7\\xe3o das religi\\xf5es de matriz africana pelo mundo, principalmente nos pa\\xedses de cren\\xe7as crist\\xe3s como o Brasil, Exu passou a ser reconhecido como uma entidade demon\\xedaca, um sin\\xf4nimo de maldade, lux\\xfaria e pecado. Assim, a falta de conhecimento sobre tais religi\\xf5es, como a umbanda, candombl\\xe9 e quimbanda, que foram se popularizando no Brasil, desde seu descobrimento pelas pessoas trazidas da \\xc1frica, acabou estigmatizando a figura de Exu.

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No programa de hoje, nossos investigadores Andrei Fernandes, Marcos Keller e Ananda Mida  convidam Al\\xea Santos e Kiko Dinucci para elaborar mais sobre o orix\\xe1 Exu.

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